24/04/2010 Uma Lição de Vida
Nunca Gozes com o Sofrimento dos Outros...

Para primeiro passeio com os Maníacos, por ironia do destino, calhou a romaria Maníaca a Fátima e para não variar acompanhei-os até Santarém.
Como sempre a saída de Lisboa foi tarde e a más horas, mas a isso já o pessoal está habituado.
Como nos últimos dias o São Pedro tem abençoado a nossa região, os primeiros trilhos dos Caminhos de Fátima ficaram para trás e o percurso foi feito por alcatrão.
Como é hábito com os Maníacos, pelo caminho vão-se juntando mais e mais peregrinos até se formar um pelotão bem jeitoso ao qual acabei por perder a conta.
Pouco há a dizer sobre esta aventura até Santarém... simplesmente o facto de a camaradagem e o convívio estarem sempre presentes e para espanto meu o reencontro com o meu amigo Wilson, o qual já não via há 2 anos, altura pela qual me surgiu a lesão, que também tinha optado por fazer a viagem neste dia com a sua equipa “ Team Quero é Andar D`Bike “, mas, para eles na versão de homens de barba rija, pois fazem a tirada toda num só dia... até breve amigo.

Para não variar, existe sempre um “ cromo “ para tornar um passeio inesquecível, e desta vez coube ao Boy Scott... que 1º atrasou-se e bem ( ok, por motivos profissionais ), 2º apareceu com um selim que não tenho palavras para o descrever e sem querer mauzinho, não sei aonde é que o homem escondeu o resto do dito cujo, e para terminar após muito dar à bomba, por um suposto furo... ao retirar a câmara de ar, só tinha 11 remendos... 11, e pior do que isso colocou uma suplente que só tinha 4... estava nova ???!!!
E foi aqui, em Santarém, que as coisas animaram, pois aqui o lindinho começou a gozar com os restantes Maníacos com as subidas que os esperaram até Alcanena e “ eu “ só tinha que ir até à estação de Santarém... 1 única subidita.
Despedidas feitas, subidita trepada e já na estação... noticia da ordem: “ Não há comboios para Lisboa... só em Setil ??? “... isso é lá nome de terra, e pior do que isso ficava para lá do Cartaxo.
Solução... apanhar os ditos cujos que me tinham caído ao chão e dar ao pedal até ao fim do mundo na companhia da Carla, do Monteiro e do Gonçalo.
Para castigo, ainda nos fartámos de trepar e se isso não basta-se a ligação entre o Cartaxo e Setil foi feita por uma estrada em condições que nem uma estrada no Iraque tem... haja buracos!!!
Nesta segunda parte da viagem, não posso deixar de agradecer ao Monteiro por ter servido de “ cenoura “ para a malta... definitivamente o rapaz está num bom momento de forma.
Para terminar, o “ castigo “ soube-me muito bem e fez-me ainda melhor, pois só assim faria um treino tão puxado, mas, definitivamente nunca mais brinco com ninguém sobre o caminho que ele tenha que fazer...

17/04/2010 - 140 Kms

De Odivelas a Odivelas do Alentejo

Antes de passar ao relato do dia, o facto de eu comparecer neste evento prendeu-se ao facto do Rui e do Paulo me convidarem para um passeio longo, é verdade, mas ao qual iriam comparecer mulheres e crianças... mulheres, só a minha mesmo, e crianças, perdoem-me a brincadeira mas só vi um anão mesmo ???
A ideia de ligar duas terras com o mesmo nome, Odivelas, de bicicleta não deixou de ser interessante... atendendo ao facto de a distância e até dimensões que as separam, e como não podia deixar de ser, o convívio que um evento destes acaba por proporcionar, levaram-me a estar presente, mesmo tendo em conta que a minha preparação e estado físico não me permitirem tão altos pedalanços.
A hora de partida de Odivelas foi às 6.00, e de notar que devido às intempéries meteorológicas que se têm sentido, as pessoas que se propuseram a este desafio compareceram todas e para inicio de viagem ainda de noite o São Pedro resolveu nos abençoar com umas pingas... um obrigado ao mesmo !!!
A ligação entre a margem norte e sul do Tejo foram feitas de barco e foi com agrado que pude pela primeira vez andar num dos novos catamarans... muito bons mesmo, até bar os bichos têm.
Daqui para a frente foi o esperado... dar ao pedal que o Alentejo ainda estava longe.
O ritmo até que foi bem simpático atendendo às diferenças de andamento e, até Alcácer do Sal, local escolhido para o almoço, foi um tiro.
Honestamente, aqui era de minha intenção ir para a carrinha fazer companhia ao Tó que mais uma vez nos apoiou numa odisseia, mas as palavras de incentivo da malta lá me levaram a continuar por mais um pouco.
Daqui para a frente é que vinham as verdadeiras dificuldades, as subidas alentejanas ??? que muitos dizem não existir, e se inicialmente até não me custaram pelo facto de as fazer acompanhado, assim que o grupo se partiu e eu me vi sozinho entre os que andavam e os que não se mexiam, a minha moral veio abaixo e o pensamento “ não queiras tudo no mesmo dia, se estragas agora nunca mais andas, pára agora que ainda não dói, e por ai a fora “ e após saber os Kms que já tinha feito, 115, segundo o conta Kms do Rui, pois o meu ficou sem bateria, pensei que realmente já chegava, e um breve olhar para trás ao qual avistei a carrinha da salvação... a paragem foi imediata.
Hoje, enquanto escrevo isto, julgo que podia ter ido mais um pouco, mas, ao mesmo tempo foi a decisão certa, pois ainda estou em recuperação.
Uma coisa é certa, livrei-me de umas subidas bem valentes e de uma chuvada que doía só de ver. Tirando eu e o Óscar, os restantes elementos do Passatempo BT, aguentaram-se às dificuldades e fizeram a viagem toda, apesar que mesmo assim ainda pedalei os últimos Kms com eles para fazer a entrada em Odivelas em cima da minha burra.
Antes de passar ao encerrar da cerimónia, pois isto já está a parecer um testamento, não quero deixar de registar o facto de o Luís ??? ter comprado uma montada nova... Scott Spark e para o passeio em vez de trazer uma camâra de ar suplente, não... veio com um selim a mais para as dores de rabiosque, o outro acontecimento de registo foi o facto de eu ter presenciado a força do Zé Manuel a dar ao pedal... uma verdadeira força da natureza e acima de tudo uma fonte de inspiração, é que se para o Óscar era impossível o avanço que o Zé já tinha dado ao resto do pessoal e por momentos até eu já estava a ficar com dúvidas, mas, a verdade é que o “ animal “ na sua montada de BTT na companhia de mais 3 estradistas dispararam e deixaram toda a gente para trás.

Para encerrar, os parabéns à organização que cumpriu todos os horários que estavam programados, mas, na minha opinião só falhou num pequeno pormenor... durante os discursos de agradecimentos, todos os presidentes tiveram honras de palavra, todos menos um... o RUI, ao qual deixo aqui uma ovação...

VIVA O PRESIDENTE !!!

11/04/2008 Por Lisboa e Arredores

Armado em " Maricas "

Pela primeira vez desde que voltei a pedalar tinha pela frente um desafio, o qual não sabia se iria aguentar... e como este era apenas um teste para aquilo que se avizinha, sejamos honestos, que se não chegasse a casa hoje, para tudo o resto não estaria à altura.
O tempo felizmente estava fino, ao ponto de sair de casa com equipamento de verão e para espanto de muitos, com rodas fininhas... desejosas de fazer alcatrão.
O grupo de hoje foi reduzido aos elementos que na próxima semana vão fazer uma “ Odisseia “ em bicicleta.
O programa de hoje era rolar o mais possível até à hora de almoço... com a marca dos 100 kms em mira, só havia uma coisa a fazer... pedalar, pedalar !!!
Pela primeira vez, rolei de rodinhas maricas na minha KTM, e posso dizer que para rolar até que fazem jeito, mas, ao contrário do que se pensa, se não der ao pedal, não anda na mesma.
O passeio pela N10, como sempre foi porreiro com velocidades dignas de registo a fazer pensar que aquilo numa bicicleta de estrada deve ser bem emocionante.
Chegados à Expo, tivemos que nos separar por breves momentos pois tanto eu como a Carla não tínhamos pneus para passar pelo pontão, mas mesmo assim os poucos Kms que acabámos por fazer na Expo foram suficientes para furar a minha rodita.
Daqui para a frente, foi sempre a dar ( mais uma vez ??? ) até Algés, com velocidades quase sempre acima dos 30 Km/h... o vento pelas costas ajuda muito !!!
Já em Queluz, começaram as discussões da ordem... qual o caminho? E aqui o Óscar, conseguiu levar a melhor tentando levar o pessoal pelo caminho mais fácil direitos a Benfica, mas já na Amadora, com sugestão do Zé do Gado ( não sei o motivo do nome, mas, é assim que o chamam ) virámos para A-da-Beja, e aqui meninos... foi sempre a subir !!! até eu compreendi o amigo Óscar.
500 subidas mais tarde, acabámos por nos separar, pois nem todos saímos do mesmo local e o caminho até casa foi feito com a Carla e o Marco.
Como tive a infelicidade de comprar a minha casa no cimo de um monte, tive de trepar para chegar a casa e aqui honestamente custou... como há muito tempo não me custava, e posso dizer que pensei várias vezes em parar, mas... só parei à porta do Marco que mora a menos de 100 mts da minha.
Para rescaldo, ficam 87 Kms com uma média a rondar os 21,7 Km/h e o facto de pela primeira vez não ter tirado uma foto de grupo pelo motivo mais simples... em plano a velocidade era muita, a subir o sofrimento era imenso.

Se este dia custou... o próximo então, nem quero imaginar ???

04 de Abril

Uma Volta 100 Descidas...

Com apenas um dia de descanso, a minha ideia era ter um passeio o mais calmo possível... e tudo apontava para isso, inclusive o grupo reduzido que se apresentou para pedalar neste domingo de Páscoa... Eu, Carla, Rui, Paulo e mesmo antes de arrancarmos, o Fernando.
Quando começámos a projectar a volta, cada um deu uma ideia e a minha foi logo recusada ao início pois era muito longe... a do Paulo era muito plana e foi aí que o Sr. Presidente se chegou à frente e disse: “ Vamos até Negrais !!! “.
Nesse momento vá-se lá saber porquê mas as minhas pernas começaram logo a sonhar com a bela da cama que eu deixei em casa, é que para quem me acompanha, sabe perfeitamente que cada vez que relato um passeio do Rui, só faço duas coisas... subir e suar !!!
Como é óbvio, para aqui, até o Fernando não se importou de ir, apesar do mesmo não ter deixado cair uma pinga de suor a manhã toda... este homem é mesmo um espanto ???
Duma coisa ninguém se queixou... da paisagem !!! é que para os lados de Negrais, o verde abunda.
Para espanto meu, tirando a dor de rabo que tinha pelo mesmo já não estar habituado a maus tratos em dias seguidos, as pernas até que se aguentaram à bronca.
Depois de muito passearmos, passámos por uma aldeia de nome “ À-dos-Cãos “ e posso dizer que daqui até Caneças foi uma subida que hà muito não fazia... é daquelas que um homem passa a vida a pôr moedas e ela nunca mais chega ao fim !!! mas até aqui, a meio da mesma deu para rir à grande, pois o Paulo e o Fernando começaram com a discussão da “ a minha é maior que a tua “ e por momentos até deu para esquecer que aquilo era inclinado pra catano ???
No final, como não foi dia de ginja, lá teve que ir um branquinho fresquinho para ajudar na recuperação...

E que bem que soube... o passeio claro !!!

02 de Abril

A Volta da Ginja

Em dia Santo, o dia apresentou-se óptimo para o passeio da ordem... sem chuva e com pouco sol.
Foi com agrado que voltei a pedalar com o grande Marochas que também tem andado longe destas andanças, mas por motivos diferentes do meu, nomeadamente trabalho.
Mais uma vez o grupo foi numeroso, e a volta para preparar a barriga para as amêndoas, foi rolante com passagem por Frielas, Loures, Expo, Baixa, Monsanto, Benfica, Pontinha e Odivelas.
Em fim de semana santo, a nossa cidade como vem sendo hábito nos últimos anos, é assaltada pelos espanhóis e a baixa estava inundada deles... era só “ carinhos mios “ por todo o lado... “ ai qui mi encantam “.
Passar na Baixa é sinónimo de Ginja, e a bela, mais uma vez ajudou a ganhar forças para o resto do passeio.
Com mais um treino em vista dois dias depois, este serviu perfeitamente, mesmo sendo ligeiro... à que lembrar, que a malta ainda está no inicio da temporada.

26 e 27 de Março

Downhill 100 Rodas

Este fim de semana, para variar um pouco, e tendo em conta que a máquina ainda não aguenta subir muito... decidi dedicar-me ás descidas ??? e como a prática e a confiança já não são grande coisa, as rodas ficaram de fora !!!
Como já deu para reparar, o trenó foi o veiculo de eleição, e a Serra da Estrela o local escolhido.
Pouco posso dizer sobre estes dias, somente que o tempo esteve 5 estrelas e a neve abundava... tudo o que se pode pedir, como é óbvio.
Só pequei num pequeno pormenor... como sabem, quanto mais pesado, mais velocidade se apanha a descer e para o efeito, fartei-me de comer e comer !!! coisa tão boa.
Para registo, estes dias foram passados com as famílias Canto, Barradas e Gonçalves... uns verdadeiros malucos e acima de tudo uns curtidos...